quinta-feira, 22 de março de 2012

'UNIÃO NATURAL". UM HOMEM E UMA MULHER.


“UNIÃO NATURAL”

“O HOMEM DEIXA SEU PAI E SUA MÃE E SE UNIRÁ A SUA MULHER E OS DOIS SERÃO UMA SÓ CARNE”. (Gn. 2,24).

O homem “deixa” pai e mãe é uma referência à cerimônia de casamento e não de concubinato, estar amasiado, ficar com..., ou ...!
Já “unir-se”, sugere afeição terna e compromisso de fidelidade num permanente relacionamento de amor crescente.
“Tornar-se uma só carne”, implica na união física, na intimidade exclusiva dos casados.

Deus ao colocar a sexualidade no homem fez com o propósito de despertar no mesmo um desejo de união: “e os dois serão uma só carne”. Deus quer com isso mostrar que a sexualidade, mata, supre a fome de intimidade que o homem possui: “se unirá o homem a sua mulher e os dois serão um só carne”.
Deus deixa assim bem claro que, o paradigma para a sexualidade do ser humano é: “um homem e uma mulher” que, “se tornam um”.

Só se tornam “um” um homem e uma mulher. Isso é monogamia, modelo de Deus para a sexualidade matrimonial. Esse modelo de sexualidade matrimonial é ratificado por Jesus em Marcos 10,7-8.

“E os dois serão um”, assim o casamento não é só uma unidade, duas coisas que se juntam, mas também, o casamento é uma unicidade, ou seja: é duas coisas que se fundem para sempre. Se fundem, se incorporam para ser um só, como a Trindade que se incorporam para ser um.

Assim como o casamento representa o mistério da Trindade, a essência, o amor de Deus, se manifesta na carne do casal, e na relação íntima entre eles, ocorre uma: “inocência erótica”.

Porque “inocência erótica?” Porque ocorre uma relação onde não há culpa nem vergonha. Isto porque, estão dentro do padrão de Deus para a sexualidade: “um homem e uma mulher” (Gn.2,24) = monogamia.
Além do que, estão fundidos, incorporados um no outro e, a essência, o amor, o caráter de Deus se faz presente, se manifesta na carne do casal.

Já nas relações não monogâmicas, não tem a intimidade profunda do casamento = monogamia = porque não tem a aprovação de Deus, não tem a essência, o amor aprovativo do criador, não está debaixo do padrão de Deus para a sexualidade. Não existe a “inocência erótica” da monogamia = “um homem e uma mulher”, rompendo-se assim o padrão da sexualidade criada por Deus e passa existir dentro da relação não monogâmica, medo, remorso, culpa, raiva, tédio e muitas vezes, o erotismo culposo, que é esmagado por vezes pela violência.

Porque será que um homem vive com uma mulher por mais de 50 anos? É porque, somente no casamento, dentro da monogamia e, casamento só ocorre entre “um homem e uma mulher”, pela lei natural do criador, que existe a cumplicidade de satisfação íntima, é a essência de Deus que se faz presente na carne do casal.

Essa essência, essa satisfação íntima que se da na vida dos que vivem na monogamia, torna a vida matrimonial uma “unicidade”, no fundir, no incorporar de seus corpos, “dois em um”.

As sagradas escrituras deixam bem claras quais as relações que estão fora do padrão de Deus, da lei natural por ele criado. Adultério, prostituição, sexo livre, toda prática sexual ilícita entre: solteiros com solteiros, solteiros com casados, casados com solteiros, pessoas do mesmo sexo, sexo bestial (com animais). Toda prática sexual fora do casamento é ilícito é prostituição e terá o julgamento de Deus, o juízo de Deus.

Vejamos Hebreus 13,4 “O que se dá ao adultério e a prostituição, Deus o julgará”. Portanto, as práticas ilícitas, aquelas fora do padrão da lei de Deus, terão o juízo de Deus, o julgamento do Senhor.

Somente o casamento, o matrimônio, a monogamia pode proporcionar um milagre de três faces:
O milagre biológico, em que duas pessoas realmente se tornam uma só carne (se incorporam – se fundem) e assim podem procriar: “sede fecundos, multiplicai-vos” (Gn.1,28).

O milagre social, por meio do qual duas famílias são enxertadas uma na outra.

O milagre espiritual, no qual a relação do casal é uma figura da união de Cristo e sua noiva a Igreja (Ef.5,23-27).

Nenhuma outra relação humana, nem mesmo a de pais e filhos, é superada pelo laço entre marido e mulher. O casamento, a monogamia é um compromisso de aliança – um voto feito a Deus e ao companheiro(a), não apenas de amor, mas, também de fidelidade, que deve durar a vida toda num relacionamento de exclusividade (Mt.19,6), transparência e abertura entre o casal.

“Senhor nosso Deus, concede-nos a sabedoria e o dom do discernimento para entendermos que, somente vivendo dentro de teus ensinamentos, seremos capazes de um dia, poder contemplar a tua face no céu. Amém!”

Diácono Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém –Pará – Amazônia- Brasil

diaconoluizgonzaga@gmail.com
diaconoluizgonzaga.blogspot.com

Um comentário:

  1. Meu caro amigo, obrigada pela sua visita.
    O seu texto é profundo e contem apenas boas e puras influências.
    Bem haja!
    Nina

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