quarta-feira, 14 de março de 2012

"SEXO, BENÇÃO DE DEUS NO MATRIMÔNIO"

“Sexo, benção de Deus no matrimônio”.

Algumas mulheres, quando passam a “trabalhar” na igreja, quando participam de atividades dentro de pastorais, grupos, movimentos ou serviços, descuidam da aparência e igualmente da prática sexual dentro do matrimônio(evidentemente que isso não é regra). Quando estão em casa, não cansam de condenar as atitudes do esposo e de pregar para o mesmo.

Repentinamente, a esposa se transforma em uma mulher muito ocupada, de aparência descuidada e que está sempre apontando para o que o esposo anda fazendo de errado.
Ele então conclui que, a igreja só atrapalha sua vida e, diante disso deduz que ali não deve ser um lugar agradável e questiona os ensinamentos que são transmitidos: -“Será que são ensinamentos ricos e eternos?”

Coloco isto porque, em uma de nossas reuniões de ECC – bem recente, um esposo procurou-me para dizer que, após entrarem no grupo, estão a cinco meses, sua esposa mudou completamente. Casados a oito anos e sem filhos, ela deixou de se cuidar, e até mesmo as relações sexuais diminuiram por conta de a mesma só pensar nas reuniões e nos encontros de círculos ao lado de outros casais.

O apóstolo Paulo deixou um recado para os casados a respeito da vida sexual do casal. Na carta que escreveu aos Corintios (1 Cor.7,1-6), ele diz:

“Agora vou tratar dos assuntos a respeito dos quais vocês me escreveram. Vocês dizem que o homem faz bem em não casar. Mas eu digo: já que existe tanta imoralidade, cada homem deve ter a sua própria esposa e cada mulher, o seu próprio marido. O homem deve cumprir o seu dever como marido, e a mulher também deve cumprir o seu dever como esposa. A esposa não manda no seu próprio corpo; quem manda é o seu marido. Assim também o marido não manda no seu próprio corpo; quem manda é a sua esposa. Que os dois não se neguem um ao outro, a não ser que concorde em não ter relações por algum tempo a fim de se dedicarem à oração. Mas, depois, devem voltar a ter relações, a fim de, não caírem nas tentações de Satanás por não poderem se dominar. Não digo isto como uma ordem, mas, como uma sugestão”.

Corinto era uma cidade famosa por seus cultos pagãos e pela imoralidade sexual. Ao escrever sua carta aos cristãos locais, o apóstolo fez questão de ressaltar:

“Mas eu digo: já que existe tanta imoralidade sexual, cada homem deve ter a sua própria esposa, e cada mulher, o seu próprio esposo”. Paulo pondera que, entre casar ou ficar solteiro, era melhor casar para manter-se puro e não cair em tentação sexual.

Ele concordava que homens e mulheres têm necessidades sexuais e emocionais, mas, alertava que, elas devem ser satisfeitas no relacionamento conjugal, pois, conforme a vontade de Deus, o sexo é para ser desfrutado entre os casados.

“A esposa não manda no seu próprio corpo; quem manda é o marido. Assim também o marido não manda no seu próprio corpo; quem manda é a sua esposa”. Paulo expressa igualdade entre marido e esposa e ressalta que cada um deve ter como prioridade as necessedades sexuais do outro. Para que isso funcione bem, o casal precisa amar com o amor que vem de Deus, que não procura os seus próprios interesses, tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tuda suporta.

Evidentemente que há períodos e situações em que a esposa não pode corresponder sexualmente ao marido. Por exemplo, o período pouco antes e depois do nascimento de um filho. Nesses momentos, o marido deve agir com amor, compreensão e autocontrole.
O mesmo pode acontecer quando o marido é acometido por alguma enfermidade. Então, a esposa deverá agir da mesma forma: com amor, compreensão e autocontrole.

“Que os dois não se neguem um ao outro, a não ser que concordem em não ter relações por algum tempo a fim de se dedicar à oração”. O apóstolo não está dizendo que um dos cônjuges pode chegar à sua casa e dizer que vai fazer um jejum sexual para dedicar-se à oração. Esta é uma decisão que só pode ser tomada se os dois concordarem. Quando um dos cônjuges começa a inventar desculpas para não ter relações sexuais é sinal de que algo não vai bem. Nesse caso, a comunicação é algo fundamental para resolver o problema.

Quando o casal compreende que o ato sexual é para duas pessoas que “deixaram” seus pais, “uniram-se” e “tornaram-se uma só pessoa”, que ele é comunicativo, um meio de lhes proporcionar filhos e também prazer, as tentações terão mais dificuldades para atrapalhar o relacionamento.Por isso, dedique-se ao seu cônjuge e o seu relacionamento sexual com ele.

Convido você a refletir sobre as questões abaixo e avalie se você pode otimizar ainda mais essa área do seu casamento.

•Há algo que eu esteja fazendo no relacionamento sexual que possa estar ofendendo o meu cônjuge?

•Há algo que eu poderia fazer para melhorar o nosso relacionamento sexual?

•Como está a nossa comunicação na área sexual?

É de vital importância o casal aprender a desenvolver e ajustar sua vida sexual, comprometendo-se a satisfazer um ao outro e sabendo respeitar, aceitar, compreender as diferenças individuais, evitando, assim, desentendimentos e mágoas.
Esta mensagem do apóstolo Paulo está endereçada a alguns que tentam praticar o celibato dentro do casamento, com o pretexto de serem superior espiritualmente. Ocorre que, Paulo deixa absolutamente claro que é importante o casal ter intimidade física dentro do casamento.

Observem que Paulo usa termos fortes, como “não se neguem” , ou seja: não se “privem” no sentido de não cumprir um determinado dever, neste caso: abstinência dentro do casamento.

O sexo é um presente de Deus para o homem e para a mulher, e Ele quer que ambos sintam prazer no ato sexual para aqueles que vivem o matrimônio.

Diácono Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém – Pará- Amazônia – Brasil

diaconoluizgonzaga@gmail.com
diaconoluizgonzaga.blogspot.com

Um comentário:

  1. Sempre que lia este trecho na biblia compreendia dessa maneira, eu tinha tanto o que dizer sobre esse tema, infelizmente, meu marido ´´e alguem muito dificil...

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