sexta-feira, 16 de março de 2012

PESCADO DEVE FICAR NO PARÁ.


Pescado deve ficar no Pará.

Edição de 16/03/2012

Proibição à saída de peixes pretende garantir o abastecimento na semana santa e evitar aumento nos preços

A saída de peixe in natura, fresco, resfriado e salgado será proibida a partir deste domingo (18) até o próximo dia 6 de abril em todo o Estado do Pará. O decreto foi assinado pelo governador Simão Jatene nesta semana e publicado no Diário Oficial do Estado. A expectativa é evitar o aumento no preço de comercialização do peixe e garantir o abastecimento durante a Semana Santa. Apesar disso, consumidores reclamaram da alta dos preços. A justificativa dos peixeiros foi a entressafra das espécies mais consumidas pela população, como dourada, pescada, filhote, tucunaré e gó.

A costureira Francisca Marques contou que sempre faz compras no Mercado de Peixe do Ver-o-Peso e não acredita que a proibição provocará queda no preço do pescado. "O preço está alto demais. A gurijuba, por exemplo, era vendida a R$ 15,00 e, atualmente, compro a R$ 20,00. Sempre acontece de dizerem que vai baixar, mas nunca acontece", afirmou. A opinião também é compartilhada pela aposentada Conceição Pereira. "Todo ano, o governo diz que vai baixar e evitar a saída, mas a gente sabe que ele (o peixe) acaba saindo do Estado. Ninguém consegue segurar. A dourada e a gó, que sempre costumo comprar, estão caras. Antes, comprava a R$ 6,00. Hoje, a gente só encontra de R$ 10,00 e até de R$ 15,00", reclamou.

Presidente do Sindicato dos Peixeiros do Ver-o-Peso, Fernando Souza explicou que não é a intenção repassar o aumento para a população, mas não há alternativa no momento. "É ruim para nós e para a população, principalmente para a carente, que consome mais peixe. Esperamos que esse preço que está se mantenha, porque todos perdem com o aumento", argumentou. Para evitar a saída do peixe durante a Semana Santa, o decreto estadual prevê ainda uma força-tarefa, por meio da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq), com Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Marinha do Brasil.

O técnico em gestão de pesca da Sepaq Thiago Pacheco disse que os sindicatos da indústria pesqueira, produtores, comerciantes e supermercados estiveram reunidos com os dirigentes da secretaria e já foram comunicados da proibição. Pacheco explicou que serão realizadas as feiras do Peixe para Valer, com pescado resfriado, e a do Peixe Vivo, com pescado de aquicultura, entre os dias 4 e 6 de abril em todo o Estado. O objetivo é atender a demanda do período. No total, serão 23 pontos de vendas espalhados pela Região Metropolitana de Belém e Castanhal, sendo 21 só em Belém e oito em Ananindeua. Os pontos de venda e os valores serão divulgados na semana anterior à realização das feiras. As espécies comercializadas serão bagre, dourada, pescada branca, gó, corvina e piramutaba.

fONTE: aMAZONIA jORNAL.

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