quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O PERIGO DA DESOBEDIÊNCIA.

O PERIGO DA DESOBEDIÊNCIA

Diante de Deus o homem tem sempre a oportunidade de escolher o seu caminho. O sábio escritor de Provérbios, contudo afirma: “Há caminho que ao homem parece direito, mas, ao cabo dá em caminhos de morte” (Prov.14,12; 16,25).
Adão escolheu o caminho da árvore proibida, trazendo a maldição do pecado sobre a sua descendência (Gn.2,15-17; 3,1-24; Rom.5,12-21).
A palavra profética em Deuteronômio era de que Israel abandonaria como já o fizera antes, o caminho da obediência e tomaria para si o caminho da rebeldia e se apartaria do Senhor (Ex.23,33; Dt.7,16) ao permitir-se cair na “cilada” da aliança com os cananeus.
É bom lembrar que, Deus não busca oportunidade para fazer-nos mal, nem tem prazer em irar-se contra nós. O que aqui se menciona como motivo da maldição é o desprazer a Deus (...) desobedecer a Deus (...) abandonar a Deus.
Ao estabelecer-se na terra de Canaã, o povo de Israel experimentou as pressões do novo meio sociocultural e acabou cedendo. Cedeu especialmente nos assuntos de fé, exatamente como Deus lhe havia advertido que aconteceria.
Não tem sido diferente a experiência da igreja de Jesus Cristo destes nossos dias. Os cristãos vão se rendendo aquilo que podemos chamar de “adaptacionismo excessivo”.
Estamos como igreja caminhando na contramão da instrução da Palavra de Deus e das orientações do Magistério.
São Paulo ao escrever aos Romanos 12,2 diz: “E não vos conformeis com este mundo”. Para que a igreja possa ajustar-se às tendências da “pós-modernidade”, é necessário os cristãos abrirem mão da mensagem revelacional em favor de mensagens circunstanciais, que podem variar conforme a demanda “do mercado”.
Em nossos presbitérios, muitas vezes, já não temos mais uma voz profética que denuncie o pecado e aponte para o único caminho de vida eterna – Jesus Cristo (Jo.14,6; At.4,12) mas, alguém que se ocupa de engabelar o povo, a assembléia, apontando para o “paraíso-aqui-e-agora”.
O foco não é mais a Glória do Deus Eterno, mas, a glória da criatura finita; não mais o Deus que abençoa, mas a benção em si mesma.
A sentença que pesou sobre os hebreus infiéis do passado ainda está vigente sobre todo e qualquer infiel de nosso tempo: “... virão todas estas maldições sobre ti...” (Dt.28,15).
Infelizmente hoje continua a igreja de Cristo sob a ameaça de contaminação do paganismo – adotando ritos e práticas pagãs – e com o mundanismo, relaxando seu cuidado com a pureza, com a reverência, com a santidade, com a Eucaristia.
Que Deus na sua infinita misericórdia nos conceda o seu perdão, pois o teu povo Senhor, “não sabe o que faz”.


Diácono Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém-Pará-Amazônia-Brasil
diaconoluizgonzaga@gmail.com


Inspiração: Dt. 27,14-26; 28,15-68; 30,15-20)

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