terça-feira, 22 de novembro de 2011

CARDEAL NEGA QUE CELIBATO DE PADRES PROVOQUE CASOS DE PEDOFILIA.


Cardeal nega que celibato de padres provoque casos de pedofilia.

William Levada está em Belo Horizonte, participando de seminário sobre o celibato. Ele reiterou a defesa da Igreja e do casamento heterossexual, mas repudiou a violência e a intolerância contra os homossexuais.

O prefeito da Congregação para Doutrina da Fé no Vaticano, o cardeal norte-americano William Joseph Levada, defendeu ontem o celibato como um dos principais valores da Igreja Católica e negou que a opção pela abstinência sexual tenha relação com as centenas de denúncias de casos de pedofilia envolvendo padres. De acordo com o cardeal, o celibato é “uma vocação” que precisa ser compreendida pela sociedade.

Levada está em Belo Horizonte justamente para participar do seminário Dom do Celibato, que será realizado até amanhã. Ele assumiu que é natural as pessoas terem objeção a essa opção, porque essa “não é uma condição natural da humanidade”. Contudo, salientou que esse estilo de vida é responsável por eventuais desvios de conduta ou personalidade.

“O celibato não causa pedofilia. A pedofilia não está ligada somente a celibatários”, declarou. O cardeal exemplificou com o caso de Jerry Sandusky, treinador de futebol americano da Universidade Estadual Penn, no Estado norte-americano da Pensilvânia, durante quase 20 anos e investigado pela suspeita de ter abusado de mais de 20 menores ao longo desse período. “Graças a Deus, em âmbito da estatística geral, a minoria dos casos de pedofilia está vinculada a celibatários”, ressaltou Levada, responsável, no Vaticano, pelos procedimentos relativos às denúncias de pedofilia contra integrantes da Igreja.

Para o cardeal, que trabalhou na cartilha lançada em maio pela Santa Sé com diretrizes de procedimentos em casos de abuso infantil, a questão está relacionada à criação de cada pessoa: “O problema mais central é a formação da sexualidade humana. Se alguém, por exemplo, é ordenado padre, mas não foi adequadamente formado nessa questão, talvez ele terá uma propensão maior (à pedofilia). A falta de uma formação madura humana no campo da sexualidade deve ser vista como a causa da pedofilia”, avaliou.

Levada reafirmou valores da Igreja Católica como a posição contrária ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e ressaltou que o matrimônio entre homens e mulheres é um “meio de proteger a instituição humana”. Mas foi categórico em condenar qualquer tipo de violência ou intolerância contra homossexuais. “A violência não é tolerada pela Igreja. Contra homossexuais ou outras condições, como visões políticas”, declarou.

Também declarou que os sacerdotes devem defender valores humanos. Porém, mostrou-se contrário ao envolvimento de padres com política partidária. Já para os leigos que participem ativamente da política e sejam filiados a partidos que defendem posições contrárias às da Igreja Católica, como a legalização do aborto, “cabe a eles convencer” os correligionários a mudarem de posição Ou “o leigo deve mudar” de partido. (das agências de notícias)

ENTENDA A NOTÍCIA
Levada avalia que igreja e sociedade devem estar atentos para a quebra dos princípios morais com a difusão tecnológica. Citou como exemplo a facilidade com que a pornografia se propaga pela Internet.

Fonte:o povo on line

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