segunda-feira, 18 de julho de 2011

Pará, uma senhora mãezona!


Muito se tem falado da divisão territorial do Pará. Nas suas manifestações, os grupos a favor e contra, no qual me incluo, têm abordado os aspectos econômicos, políticos, cultural e social, tentando com isso conquistar simpatizantes para a causa. Mas, não vi ainda falar do aspecto comportamental, que é o que caracteriza e diferencia o povo paraense dos demais brasileiros.

O povo paraense, e aqui me refiro não só aos que nasceram neste Estado, está pagando um preço muito alto por ser simpático, receptivo e acolhedor. Não há literatura que registre povo semelhante. Todos que aqui aportam, a maioria sofrida e desesperançada, são recebidos com carinho e a eles é oferecido o que é de melhor da hospitalidade paraoara.

Noutro dia fiquei boquiaberto ao ver até onde vai essa hospitalidade. Ao abrir o jornal Diário do Pará, deparei com uma foto do jogador Tiago Potiguar vestindo uma camisa do Pará. Nada contra o jogador. Lembrei que nos GPs Internacionais de Atletismo realizados em Belém, já se tornou tradição os atletas vencedores carregarem a bandeira do Pará, fato não repetido em outro Estado. Ai pense: Meu Deus! O paraense é capaz de entregar sua bandeira e vestir alguém com seu maior símbolo como demonstração do seu afeto.

É muito fácil conquistar a simpatia desse povo. Nas ruas, ao ser abordado para uma informação, o paraense para e com a maior atenção atende a quem lhe indaga, e às vezes chega a levá-lo até ao local procurado. Na esteira dessa simpatia, elegem-se vereadores e deputados, outros tornam-se empresários e fazendeiros muito poderosos.

O deputado "separatista" Giovanni Queiroz têm afirmado, frequentemente, que com o desmembramento territorial, "O Pará, como Estado-Mãe, não terá sua arrecadação atingida". Realmente o deputado tem razão.

Somente uma mãe, em sua infinita bondade, é capaz de renunciar o que tem em favor dos seus filhos, sejam legítimos ou adotados, gratos ou ingratos. A afirmaçãoé verdadeira, o Pará é uma grande mãezona!

Por fim, antes que perguntem a minha origem, digo que sou um paraense que nasceu em Rondônia.

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