sexta-feira, 1 de julho de 2011

OS SACERDOTES DEVEM SER SANTOS


Sex, 01 de Julho de 2011 07:36 por: cnbb


Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá

Dia 1º de julho, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, celebramos a Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Presbíteros. Essa iniciativa vem ao encontro da necessidade de manifestar concretamente que formamos um só corpo, por isso orar uns pelos outros é o sinal mais forte de comunhão, que toca diretamente o coração de Deus.

Especialmente neste ano com uma alegria especialíssima, porque é o 60º aniversário da Ordenação Sacerdotal do nosso amado Papa Bento XVI. Ao mesmo tempo celebramos no próximo domingo os dois maiores Apóstolos da humanidade, Pedro e Paulo, chamamos também dia do Papa.

São duas comemorações que marcam profundamente o coração da Igreja centrada, principalmente, na figura do Apóstolo São Pedro, rocha sobre a qual Cristo edificou a Sua Igreja, fundamento da comunhão eclesial.

Dom Pedro Brito, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, em sua mensagem para este dia afirma: "Cuidar da santidade é cuidar das raízes da nossa vida para que ela dê flores e frutos espirituais. A santidade é um dos horizontes da vida da Igreja mais belos de se contemplar. É como contemplar o nascer ou o pôr do sol nos países tropicais. Deus mesmo mandou Moisés falar à comunidade de Israel: "Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo" (Lv 19,2.11,44) que, na boca de Jesus se tornou perfeição (Mt 5,48) e misericórdia (Lc 6,36).

O venerável beato João Paulo II, no encerramento do jubileu do ano 2000, fez um convite à Igreja inteira a colocar a santidade como alicerce da sua vida e missão (NMI 31). E disse ainda mais que "todo fiel é chamado à santidade e à missão" (RM 90). Imaginemos nós a que somos chamados: "santos e capazes".

Neste caminho onde todos nós devemos ser santos, temos hoje uma prioridade, orar por aqueles que foram escolhidos, entre muitos que foram chamados, para serem homens de Deus no meio do povo. Não existe ação mais eficaz e frutuosa, que toca diretamente o coração de Deus e do ser humano, do que a oração.

A Palavra nos recomenda "orai uns pelos outros para serem curados. A oração do justo, feita com insistência tem muita força" (Tg 5,16). Em todas as celebrações litúrgicas, recordamos o Papa, os Bispos, os Presbíteros, enfim todo o povo de Deus, que em assembleia orante, eleva súplicas, hinos de louvor e se alimenta da Palavra e da Eucaristia.

Assim formamos um só corpo, um só povo que entre ventos contrários, tempestades e bonança continua navegando, porque tem certeza de que no barco da vida, o Senhor não está dormindo.Ao nos lembrar de Pedro, lembramos do Papa, hoje Bento XVI. Em seu livro "Luz do mundo" o jornalista Peter Seewald pergunta: "Sua fé mudou a partir do momento em que, como Supremo Pastor, é-lhe confiado o rebanho de Cristo?" O Papa responde: "Não sou um místico. Certamente, porém, é verdade que, na condição de Papa, há muitas razões a mais para rezar ou para entregar-se completamente a Deus.Com efeito, dou-me conta de que quase tudo o que devo fazer não poderia realizá-lo por mim mesmo. Por isso coloco-me nas mãos do Senhor e digo lhe : Faze-o tu, se o quiseres! Neste sentido, a oração e o contato com Deus são agora mais necessários, mas também mais naturais e espontâneos do que antes".

Em outra pergunta: "O Papa como reza?" Ele diz: "Eu também sou um pobre mendicante diante de Deus, mais ainda do que as outras pessoas. Naturalmente rezo ao Senhor, a quem estou unido, por assim dizer, por amizade antiga. Invoco também os santos... A Mãe de Deus é sempre um grande ponto de referência... falo com o bom Deus, sobretudo mendigando, mas também agradecendo; ou simplesmente contente".

Seguindo o exemplo do Papa, vamos buscar a santidade orando sempre uns pelos outros, nesta Igreja, que deseja ser sinal visível de salvação para todos.

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