quinta-feira, 19 de maio de 2011

"Nova chance no cáecere".


Nova chance no cárcere


Projeto humanístico da Pastoral Carcerária aposta na reintegração social dos encarcerados através da inclusão

Uma nova chance por meio da arte. Esta é uma das iniciativas da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Belém, que lançará no dia 22 de maio oficialmente a campanha "Libert'Art", às 18h30, no Santuário de Fátima, em Belém. Um projeto que pretende promover a inclusão social pela fé e por meio da expressividade artística dos presos. A meta é atingir pelo menos 100 internos de todas as casas penais do Pará.

A Pastoral Carcerária está presente nas 37 casas penais do Estado e tem como missão combater a tortura, oferecer assistência social, jurídica e religiosa aos presos, com o intuito de garantir os direitos, e fundamentalmente, a ressocialização das pessoas.

O projeto, que visa à inclusão social pela fé e arte, é uma das formas encontradas pela Pastoral para promover o trabalho de resgate da dignidade moral. "O projeto resgata a moral social do preso e autoestima por meio da arte. A ideia é que deixem de ser objetivo de debate e inseri-los no processo de discussão. Despertar a capacidade de criação, reconhecer o potencial e valorizar talentos e a criatividade de cada um", explica o diácono Ademir Silva, coordenador da pastoral.

Ainda segundo o diácono, a ideia é introduzir os internos em debates sobre questões importantes na contemporaneidade. No projeto "Libert'Art" os presos poderão criar as pinturas com base no tema da Campanha da Fraternidade 2011, que trata dos desafios da preservação do meio ambiente, com o tema "Fraternidade e a Vida no Planeta" e o lema "A criação geme em dores de parto" (Rm 8,22). "Quem está preso hoje é como se estivesse excluído da sociedade, a intenção é dar a oportunidade de colocá-los no centro da reflexão, dar voz e o sentido de pertença a eles", diz.

O resultado com as obras escolhidas e premiadas pela comissão organizadora será apresentado somente no segundo semestre deste ano.

META

Segundo o diácono Ademir Silva, a meta é atingir ao todo 100 obras, que serão, no final do concurso, expostas ao público. "A ideia é conseguir essas obras, envolvendo todas as casas penais. Todos os presos condenados ou provisórios poderão participar", diz.

Inserir a comunidade carcerária na discussão de problemáticas sociais é uma das formas encontradas para por em prática o projeto de ressocialização, objetivo central da Pastoral Carcerária, tornando os internos também agentes transformadores.

É por meio também do projeto que a Pastoral pretende sensibilizar pela produção artística a fé e o interesse por ações comunitárias.

Apesar de o lançamento ocorrer somente no dia 22 de maio, o trabalho já começou nas casas penais, graças à parceria com a Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará.) e Fundação Curro Velho, que será a responsável por orientar os participantes com as técnicas de pintura. A entrega final dos trabalhos começa em 30 de junho e encerra-se somente no final de agosto. "Os quatro primeiros lugares serão premiados, com quantias que variam de R$ 500 a R$ 2,5 mil", afirma o diácono.

Fonte: Voz de Nazaré.

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