quarta-feira, 18 de maio de 2011

João Paulo II - Memória de um homem.


JOÃO PALO II – memória de um Homem.

Colocado por Noticias em 18/05/2011
Fonte: Jornal Notícias de Viseu.

Karol Jóseph Wojtyla de seu nome – nasceu em 1920/05/18 em Wadowice, na Polónia. Exerceu a função, no Vaticano desde 1978 até 2005, é o terceiro período mais longo na história da Igreja Católica. Também o primeiro papa não Italiano a ser eleito em 456 anos. João Paulo II (nome de adopção religiosa) morreu com 84 anos, depois de sucessivas recaídas, no dia 2 de Abril às 21h37 de Itália, 20h37 de Lisboa e depois de uma vida feliz por servir Deus e o seu povo, mas ensombrada pela doença de Parkinson.
Da enciclopédia ficamos a saber: Papa (substantivo masculino – chefe da Igreja Católica; Sumo Pontífice; Do gr. páppas, «avô», pelo lat. papa, «papa»).
O Papa foi um Homem que fez e fica para História dos vivos, na opinião de D. António Marto, Bispo de Viseu, “foi uma espécie de novo Moisés que conduziu a Igreja do Século XX para o XXI”. Viajou para onde nenhum Papa teve coragem de o fazer. Escolheu o México para a sua primeira peregrinação. A partir de então, viajou o equivalente a 30 voltas completas ao Mundo.
Falou do que poucos arriscaram falar. Foi alvejado, mas sobreviveu. Acreditou sempre que foi “a Senhora de branco” que o salvou. Conseguiu cumprir três grandes sonhos: ajudou ao fim do mítico comunismo na Europa de Leste; entrou no terceiro milénio e visitou a Terra Santa. Por cumprir, ficou o desejo de visitar a China e Rússia.
O objectivo das suas viagens foi de unir os povos e abrir canais de diálogo entre as diferentes religiões, “não haverá Paz no Mundo, se não houver Paz entre as Religiões. Como são belos os pés que anunciam a paz. E as mãos que repartem o Pão”. Manteve, apesar disso, uma doutrina conservadora nas questões sociais defendendo as ideias tradicionais católicas e manifestando princípios claros contra a interrupção voluntária da gravidez, o uso do preservativo ou contraceptivos, a homossexualidade, o divórcio e a eutanásia temas.
A sua fluência em várias línguas, incluindo o Português, permitiu-lhe ser embaixador da Igreja por todo o mundo.
Devoto de N. Sra. de Fátima em Portugal, deslocou-se ao Santuário por duas vezes. Realizou a sua segunda visita com o propósito de presidir à beatificação de Jacinta e Francisco Marto, os dois pastorinhos ali sepultados desde 1951.
João Paulo II fez 482 canonizações e 1338 beatificações mais que todos os seus antecessores juntos.
Foi Sumo Pontífice do Cristianismo – Religião monoteísta instituída por Cristo, cujo ponto fundamental é a expiação (preces para aplacar a cólera celeste) e a redenção humanas.
O termo “Cristianismo” significa, de um modo geral, a religião fundada por Jesus Cristo, ou o conjunto de religiões que nele filiam a sua origem. Para os judeus, o governo de Deus seria estabelecido pelo Príncipe anunciado, o Messias. Este Príncipe pertenceria à casa de David, rei de Israel no século X a. C.
A principal fonte de conhecimento que temos acerca de Jesus de Nazaré são os quatro evangelhos canónicos.
Ao princípio, a mensagem de Jesus Cristo foi difundida pelos doze apóstolos por ele escolhidos para a sua difusão. A autoridade da Igreja na primeira geração de cristãos recaiu sobre estes homens. Após a sua morte levantaram-se questões acerca de quem seriam as autoridades máximas da igreja. As congregações de cristãos tinham, desde os primórdios, sido assistidas pelos presbyteroi (padres), episkopoi (bispos) e pelos diakonoi (diáconos), foi destes termos gregos que saiu a futura estrutura hierárquica da igreja. O título de papa (pai), que durante cerca de seiscentos anos foi usado como termo afectuoso aplicado a qualquer bispo, começou a ser especialmente atribuído ao bispo de Roma a partir do século VI e pelo século IX era-lhe atribuído quase exclusivamente.
Após os problemas iniciais de autoridade e continuidade da hierarquia, a maior garantia de autenticidade e continuidade foi encontrada nas Escrituras.
A divisão do império romano, em Ocidental e Oriental, e sua posterior queda, as várias escolas teológicas das principais cidades, e o uso do latim e do grego, foram alguns dos motivos que levaram a que diversas controvérsias fossem surgindo ao longo dos séculos que culminou no grande Cisma (dissidência religiosa, política ou literária) do Ocidente de 1054. Como represália, foram encerradas em Constantinopla (Capital do Império Bizantino de 330 a 1453) várias igrejas latinas pelo patriarca da cidade. As principais diferenças entre as igrejas ocidentais e orientais ficaram a dever-se ao aumento de prestígio e poder do Bispo de Roma devido à expansão e consolidação da cristandade no Ocidente. A doutrina de Martinho Lutero não reconhece a autoridade papal, por considerar que a única autoridade religiosa é a Escritura interpretada por cada um. As Igrejas protestantes podem dividir-se em Luteranas, Anglicanas (ambas moderadas e próximas do ecumenismo: tendência para formar uma única família em todo o Mundo; movimento tendente a restabelecer a unidade entre os discípulos de Cristo).
Em Portugal, a população é maioritariamente católica. Sob a autoridade central do Papado, a Igreja católica divide-se em dioceses onde os bispos actuam em nome e por autoridade do Papa, mas com alguma autonomia administrativa, cujo princípio de colegialidade articulado pelo Concílio do Vaticano II aumentou. A doutrina da Igreja católica é idêntica à da maioria das Igrejas Ortodoxas; consiste na Bíblia, na herança dogmática da igreja primitiva, nos decretos dos primeiros concílios ecuménicos e no trabalho teológico dos Padres (doutores) da Igreja.

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