segunda-feira, 25 de abril de 2011

"Feminilidade..."


“FEMINILIDADE – A NATUREZA DA MULHER”

A feminilidade é uma realidade projetada e criada por Deus – seu dom precioso a toda mulher – e, sob um aspecto diferente, um presente grandioso também para os homens. A diferença entre homem e mulher não é apenas uma questão biológica. Em todos os períodos da história da humanidade e até décadas recentes, o conceito geral era o de que as diferenças eram tão óbvias que não havia necessidade de comentá-las. Contudo, nunca tanto quanto hoje se faz mais relevante o lembrete de Paulo aos cristãos de Roma para que os padrões do mundo não venham a nos moldar, mas, sim, que deixemos Deus renovar nosso interior, nossa mente (Rom. 12,2).
Nem o homem nem a mulher são suficientes para abrigar, sozinhos, a imagem divina (Gn.1,27). Os dois juntos, no entanto, representam a imagem de Deus – um deles, de uma forma especial, o iniciador; o outro, correspondente. Deus fez Eva a partir do homem e a trouxe para o homem (Gn.2,21-22). Quando Adão deu nome a Eva, aceitou a responsabilidade de “desposá-la” – de ser seu provedor, protetor e líder (Gn. 2,15-17,23;3,20).
A submissão é o ingrediente básico da feminilidade. Como noiva, a mulher no casamento abre mão de sua independência, de seu nome, de seu destino, de sua vontade e, por último, no quarto nupcial, de seu corpo para seu noivo.
Como mãe, ela abre mão, no real sentido, da própria vida em benefício da vida do filho. Como solteira, ela se rende de forma ímpar para servir ao Senhor, à família e à comunidade.
A feminilidade é recíproca. Ela aceita o que Deus dá. Em outras palavras, as mulheres devem receber o que lhes é dado, seguindo o exemplo de Maria (Lc.1,38), e não insistir no que não lhes é dado, repetindo o engano de Eva (Gn.3,1-6). Isso não implica que a mulher deva submeter-se a perversidades, como coerções ou conquistas violentas.
O espírito manso e tranqüilo do qual Pedro fala é o ornamento da feminilidade (1 Pedro 3,4), que encontrou o exemplo ideal em Maria, mãe de Jesus. Ela estava disposta a ser um vaso escondido, desconhecido, exceto no que se referia a ser mãe de alguém importante. Esse tipo de maternidade está à disposição de toda mulher que se humilha diante do Senhor, não para que desempenhe simplesmente um papel biológico, mas, para que exerça uma atitude de abnegação e de submissão ao Senhor.
O desafio da feminilidade bíblica é que você seja uma mulher realmente santa, que nada pede a não ser o que Deus deseja lhe dar, recebendo com ambas as mãos, e de todo o coração, seja o que for. A feminilidade é um tesouro precioso para ser guardado e acalentado a cada dia.

Deus nosso Pai, continue guardando e abençoando cada mulher, cada esposa, cada mãe, cada filha tua para que, em ti encontre sempre um verdadeiro aconchego. Amém!

Diácono Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém – Pará.

diaconoluizgonzaga.blogspot.com
diaconoluizgonzaga@gmail.com

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