sábado, 30 de abril de 2011

Beatificação do Papa João Paulo II


Beatificação de João Paulo 2º acontece antes de período previsto pela Igreja
Foto: Andreas Solaro/ AFP Zoom O papa polonês João Paulo segundo será beatificado neste domingo

O papa polonês João Paulo segundo será beatificado neste domingo
Marielly Campos
mundo@eband.com.br

Seis anos após sua morte, o Papa João Paulo 2º será beatificado em Roma neste domingo. A cerimônia que fará de Karol Wojtyla um beato acontece em menos tempo do que o previsto pela Igreja Católica, que determina cinco anos entre a morte e o início do processo. No caso de João Paulo 2º, o processo começou meses após sua morte.



O papa polonês morreu em abril de 2005, mas continuou a ser venerado por muitos fiéis católicos. “Logo depois do seu sepultamento o povo dizia ‘santo súbito’, ou seja, santo já”, conta monsenhor Eder Amantéa reitor do seminário arquidiocesano Coração Eucarístico e pároco da paróquia Coração Eucarístico.

Por isso o religioso acredita que a beatificação do papa, também conhecido como João de Deus, foi uma decisão acertada da Igreja. O Papa Bento 16, atual líder da Igreja Católica, “atendeu o desejo do povo e também as normas canônicas, assim abriu o processo de beatificação” rapidamente, completou.



Modelo


Segundo ele, a beatificação é um passo muito importante para a igreja católica. “Quando a igreja declara uma pessoa bem aventurada ou santa o objetivo é mostrar aquela pessoa como modelo de vida cristã, aquele que seguiu Jesus Cristo de forma tão radical agora é santo”, explica Amantéa.



“A beatificação mostra para a igreja que estamos no mundo em que às vezes alguns valores não são considerados, como solidariedade, pressão, bem estar social”, explica monsenhor. “Então aquele que é bem aventurado tem esses valores e ensina que devemos buscar esse caminho. É assim que Jesus Cristo quer que a gente viva”, completa.



O Padre Valeriano dos Santos Costa, diretor da faculdade de teologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), diz que João Paulo 2º era considerado um missionário. Tinha um carisma muito grande e capacidade de “atrair multidões, especialmente os jovens” e a nomeação certamente irá trazer a juventude para mais perto da igreja. Wojtyla “teve um discurso muito ligado com jovens, convocando-os à santidade”, diz o Costa.



Declaração


Além da agilidade, outro fato que marca a beatificação de João Paulo 2º é que, “depois de muitos séculos, um papa vai beatificar seu antecessor”, comenta o padre. A cerimônia “é feita em celebração eucarística, após a leitura do evangelho, é feita uma declaração, que já está pronta”, ensina Costa. Após ser considerado beato, João Paulo 2º passa ser alvo do culto religioso.



Para ser considerado santo, o pontífice deve ser canonizado. Nessa fase, precisa ter mais um milagre confirmado, também realizado após sua morte. “A impressão que eu tenho é que a canonização vai ser muito rápida”, acredita Costa. “Ele faleceu em 2 de abril de 2005 e no mesmo ano foi aberto processo de beatificação, ele já se tornou bem aventurado” relembra.



“Esse processo [da beatificação] é mais longo, mas agora só depende de um milagre. Acredito que em pouquíssimos anos, mais de um ano já seja canonizado”, conclui o padre.



Beatificação X Canonização


A beatificação foi aceita após a comprovação de um milagre realizado após a morte do Papa. Em 2007, a freira francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de Mal de Parkinson curou milagrosamente da doença. Segundo a religiosa, a cura veio depois de orações e pedidos dirigidos a João Paulo II, poucos meses após a morte do pontífice.



Para a beatificação, primeiro passo no longo caminho até a canonização, que é quando o bem aventurado se torna santo, é preciso demonstrar que o candidato intercedeu por um milagre. Marie teve a doença diagnosticada em 2001. Em 2007, a religiosa decidiu contar à imprensa como havia melhorado "milagrosamente" depois que a doença se agravou, em 2005, ano da morte de João Paulo II.



Após dias de rezas e pedidos de toda a comunidade ao papa polonês, Marie Simon-Pierre conta ter deixado de sentir os sintomas da doença na madrugada entre os dias 2 e 3 de junho.



O caso da freira, que viu João Paulo II uma única vez em 1984, foi submetido à análise da Congregação da Causa dos Santos, que examinou e aprovou o milagre, após consultas junto a um conselho de especialistas médicos e teólogos.


Cerimônia



A cerimônia de beatificação acontece neste domingo, às 5h, horário do Brasil.

Dom Orani João Tempesta celebra seu 14º aniversário de ordenação episcopal.


Seg, 25 de Abril de 2011
Fonte: portalum.com.br





Nesta segunda-feira, 25 de abril, o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, comemora seu 14º aniversário de ordenação episcopal.

O seu “sim” à vontade do Papa João Paulo II, que em 26 de fevereiro de 1997 o convocava por carta a ser bispo de São José do Rio Preto, o levou à experiência profunda do abandono ao querer de Deus. Entrega que se renova a cada dia na missão que a ele foi confiada na Igreja. Dom Orani, eleito para esse ministério aos 46 anos de idade, foi o sétimo bispo cisterciense no Brasil, sendo o primeiro nascido no País.

“Tenham certeza de que Deus, que nos deu o dom da vocação, levará a bom termo todas as coisas. Como Abrão, eu parto da minha terra para a terra que Deus está me indicando; como Moisés, deixo o cajado para que Aarão continue conduzindo o povo para a Terra Prometida e, como Abraão, ofereço o meu Isaac ao Senhor, no monte, para que possa experimentar que só o Senhor é Deus e nEle está toda a nossa alegria!” – foi assim que Orani Tempesta, então abade do Mosteiro de São Bernardo, em São José do Rio Pardo, expressou em carta pastoral, no dia 1º de maio de 1997 — data da sua posse em São José do Rio Preto — sua entrega ao ministério episcopal.

O padre Orani — abade, na ocasião — vivia um momento feliz da sua caminhada, logo após o mosteiro ter sido elevado à abadia. Abria sua correspondência, ao mesmo tempo em que falava ao telefone, quando foi surpreendido pelo que começava a ler.

“Quando li as primeiras linhas, senti que o sangue fugiu do meu rosto. Pedi licença, desliguei o telefone e fui ler a carta. Pensei: ‘Meu Deus, acabamos de nos tornar abadia. O que vou fazer da minha vida agora?’ Arrumei meu escritório e escolhi meu sucessor. E aqui estou eu.”

Para o escolhido para aquela nova missão, não houve dúvida na hora de dizer seu “sim”:

“Foi uma opção de Deus na minha vida.”

Dom Orani João Tempesta, que adotou o lema episcopal “Que todos sejam um”, foi sagrado bispo no dia 25 de abril de 1997, em São José do Rio Pardo, pelas mãos do seu antecessor, Dom José de Aquino Pereira. O Bispo diocesano de São João da Boa Vista, Dom Dadeus Grings e o Bispo da diocese paulista de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, foram também consagrantes. A posse canônica de Dom Orani foi realizada no dia 1º de maio do mesmo ano, na Sé Catedral, no Centro de São José do Rio Preto. A transmissão do cargo, antes exercido por 29 anos, foi marcada pela leitura da nomeação papal enviada pela Nunciatura Apostólica no Brasil.

Belém do Pará

Às portas de completar 30 anos de vida presbiteral, no dia 13 de outubro de 2004, Dom Orani foi comunicado pela Santa Sé que o Papa João Paulo II o nomeava como Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará. O mesmo Papa que o elegera Bispo de São José do Rio Preto o transferia para governar a terceira Arquidiocese mais antiga do Brasil, a primeira da Região Norte. Seu nome, apontado numa lista tríplice indicada pelo Núncio Apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri, e a Congregação para os Bispos, depois de uma ampla consulta realizada entre o episcopado brasileiro, fora o escolhido. Sua posse como Arcebispo aconteceu no dia 8 de dezembro de 2004.

A notícia surpreendeu Dom Orani. Mesmo há mais de sete anos à frente da Diocese de Rio Preto e com uma agenda de planejamentos para até 2010, o desejo do seu coração foi obedecer.

— Acredito que a missão do Bispo diocesano é de ser pastor de um povo e servir com alegria a todos, de tal forma que caminhemos juntos na santidade, disse em Belém do Pará.

Rio de Janeiro

Em 2009, outra surpresa na vida de Dom Orani. Um telefonema do Núncio Apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri, mais uma vez alteraria os projetos do seu coração. No dia 27 de fevereiro, Dom Orani foi eleito pelo Papa Bento XVI como sétimo Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, a segunda maior Arquidiocese do País, onde tomou posse no dia 19 de abril do mesmo ano.

O novo Arcebispo — que chegou ao Rio como aquele que veio para servir, para aprender e para conhecer o seu povo — afirmou, em seu primeiro pronunciamento oficial, que mais do que o Bispo tomar posse da Igreja, eram os fiéis que tomavam posse do Bispo. E, em seu pastoreio, assim tem buscado viver as alegrias e também os desafios desta missão que assumiu.

— Venho como cristão, discípulo de Jesus Cristo, escolhido como Apóstolo para anunciar o Reino de Deus a todos. Venho como cristão que sabe que toda Terra é sua pátria e não se sente estrangeiro em nenhum lugar, mas, por outro lado, sabe que é sempre aquele que caminha para a pátria definitiva, não se esquecendo de que aqui o tempo é fugaz! - disse Dom Orani ao iniciar o seu discurso de posse.

Hoje, há dois anos na Cidade Maravilhosa, o Pastor desta Arquidiocese continua a levar à frente sua missão episcopal, com muita energia e disposição, num empenho constante por conhecer cada vez mais as múltiplas realidades do Rio de Janeiro, para melhor servir à Igreja e ao povo a ele confiado.

- A Igreja me chamou e o Senhor tem me dado forças para servir à Igreja como bispo já há 14 anos. Peço a Deus que continue me ajudando, para que eu possa servir com essa mesma disposição e encontrar os melhores caminhos para o seu povo. (...) Estou há dois anos à frente da Igreja do Rio de Janeiro, lugar que tem um povo que, realmente, busca a Deus, que dá belos sinais! E eu peço a Deus que eu possa ser sinal de unidade, de fraternidade, aqui, no meio dessa grande cidade, desejou.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Dom Alberto Taveira irá pregar na J.M.J.


Jovens animam Arquidiocese


Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo de Belém, anunciou durante encontro com a juventude católica, no domingo 17, que será um dos pregadores da Jornada Mundial da Juventude, em agosto, na capital da Espanha, Madri.

O anúncio aconteceu no dia em que a juventude católica de Belém deu uma demonstração de fé ao lotar a Praça Santuário de Nazaré durante encontro anual com o arcebispo.

Nem mesmo a forte chuva da tarde foi capaz de desanimar os mais de três mil jovens. Tanto esforço com um só objetivo celebrar a Palavra de Deus e ter a oportunidade de um encontro com Dom Alberto Taveira Corrêa, que foi recebido com todo o carinho pela juventude paraense.

Em Belém, o encontro que já se tornou tradição, iniciou-se com o Arcebispo Emérito Dom Vicente Zico. E a cada edição recebe um número maior de jovens. Por este motivo, a animação e presença da juventude não são nenhuma surpresa para o padre Antônio Mattiuz, coordenador do evento.

Segundo Maria de Belém Cardoso, membro da coordenação do encontro, o resultado positivo do evento é também uma resposta ao trabalho que está sendo desenvolvido nas comunidades, trazendo os jovens cada vez mais próximos da Palavra.

Já para Dom Alberto é uma felicidade ter este encontro com os jovens. "É muito bom ver este rosto tão bonito da Igreja, que é a juventude. Mesmo diante da chuva, eles vieram. Estes que estão aqui hoje gerarão muitos frutos".

Daniel Résque, da paróquia Santa Paula Frassinetti, acredita que a participação no encontro proporciona uma rica experiência. "Eu estou aqui por que gosto de participar, de fazer a reflexão, é algo que faz muita diferença em minha vida".

Fonte: Fundação Nazaré

Jornada Mundial da Juventude


por: CNBB/Regional Oeste 2


Dos dias 8 a 10, aconteceu na sede do Regional Oeste 2 da CNBB (Mato Grosso), em Cuiabá, o Retiro Espiritual Quaresmal para os jovens que se preparam para representar a arquidiocese de Cuiabá na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá em agosto, em Madri, na Espanha.

O encontro foi assessorado pelo padre Fábio Oliveira que também irá para a JMJ. Diversificado nas atividades, o retiro contou com palestras, dinâmicas, animação, missas e atendimento de confissão para todos os jovens. Cerca de 50 jovens participaram do evento.

Cáritas alemã visita o Pará e conhece ...


por: CNBB/Regional Norte 2


Com o objetivo de conhecer melhor o trabalho da Cáritas do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá), a representante da Cáritas Alemã, Martina Freckle, visitou nesta terça-feira, 19, o município de Paragominas. Nos dias 27 e 28 ela irá visitar Abaetetuba e Bragança onde é desenvolvido o projeto “Reciclando Vidas”. A iniciativa envolve as Cáritas do Regional Norte 2, Brasileira e Alemã. Tem também o apoio d a União Européia.

O “Reciclando Vidas” foi lançado em 2009 pela Cáritas Brasileira e tem duração de três anos. Somente no Pará o projeto beneficia 30 catadores das cidades de Paragominas e Bragança, sendo 20 catadores em Abaetetuba. O objetivo é estimular a geração de renda e a melhoria da qualidade de vida dos catadores por meio da assessoria prestada pela Cáritas. Os catadores são beneficiados com a formação e regulamentação de cooperativas, além da compra de instrumentos básicos para o trabalho, como prensa e balança.

De acordo com o coordenador da Cáritas Norte 2, Lindomar Silva, o desafio da entidade é fortalecer, ampliar e criar novos benefícios para o projeto por meio de parcerias com as autoridades locais na articulação de políticas públicas.
O projeto já possui dois anos de execução. A finalidade da visita da representante da Cáritas Alemã é acompanhar o empreendimento e realizar um plano de ação nos principais pontos do projeto que serão discutidos durante as reuniões realizadas nos municípios.

Cristãos foram presos e proibidos de celebrar a páscoa do Senhor.


Ao menos 20 cristãos foram detidos pela polícia chinesa deste domingo de Páscoa, 24. Segundo agências internacionais, a operação visava impedir que membros de uma igreja cristã realizassem as tradicionais festividades de Páscoa em Pequim, capital do país.

Este grupo faz parte da Shouwang, uma das maiores “igrejas subterrâneas”, uma resistência cristã que não aceita a intervenção do Partido Comunista em sua crença e, como consequência, são consideradas ilegais.

A operação no distrito de Zhongguancun começou às 8h de domingo, quando os cristãos foram detidos e levados para uma delegacia, disseram testemunhas.

A liberdade religiosa, garantida pela Constituição chinesa, não é respeitada. A justiça do país só permite o credo em igrejas registradas oficialmente. As igrejas oficiais do país têm cerca de 20 milhões de fiéis.

Atualmente, a Igreja Católica constatou um situação de desordem na China, tendo em vista a grave situação de ordenações sem autorização pontifícia, mas reconhecidas pelo governo chinês.

Em comunicado, o Vaticano enfatizou que cada bispo envolvido deveria “dirigir-se a Santa Sé e encontrar um modo de esclarecer a própria posição aos sacerdotes e fiéis, professando novamente a fidelidade ao Sumo Pontífice, para ajudar a superar a ofensa interior por ele cometida e para reparar o escândalo externo que causou”.

A Santa Sé destacou também o desejo de um “diálogo sincero e respeitoso com as autoridades civis”.

Segundo agências, o governo chinês estaria combatendo possíveis ameaças ao regime comunista, tentando evitar protestos como aqueles que atingiram recentemente alguns países árabes. Nos últimos meses, foram presos muitos ativistas pró-direitos humanos, advogados, blogueiros e artistas.

Fonte Canção Nova

Livro de Dom Vicente Zico.


Dom Vicente lança seu livro CHAMADOS A SER SANTOS



Tenho procurado humildemente dedicar meu tempo de Arcebispo emérito sobretudo à pregação de retiros espirituais. Sem abandonar as tarefas ordinárias de padre ou de bispo, que não foram poucas, pude acolher e com prazer, graças às condições de saúde que Deus me concedeu depois dos 80 anos, os diversos convites das dioceses e comunidades religiosas para lhes fazer as meditações dos seus retiros anuais.

Três temas ou matérias de reflexão me foram oferecidas, nos três últimos anos:

O Ano Paulino, o Ano Sacerdotal e o Ano Jubilar dos 350 anos da morte de São Vicente de Paulo, para os membros da Congregação da Missão ou Lazaristas.

Minhas "palestras" foram antes de tudo um aprofundamento pessoal das ideias ou das razões que motivaram a celebração desses eventos, e deixo aqui resumido o que procurei então transmitir.
Trata-se, portanto, aqui de simples meditações, e não de estudos ou análises exegéticas de algum texto ou citação da Sagrada Escritura, mesmo porque, a serem pronunciadas em retiro, cuido de não torná-las pesadas aos ouvidos e aos olhos de quem me escuta.

Outros tiveram, como eu, oportunidade de expor suas reflexões ou estudos, na vivência do Ano Paulino e do Ano Sacerdotal, ou do Ano Jubilar vicentino. O que aqui apresento (a pedido) não passa de um pouco mais daquilo que pronunciei com base nos meus esquemas de meditação.

Dom Vicente Joaquim Zico, cm
Arcebispo Emérito de Belém do Pará


As meditações espirituais para sacerdotes, chamados estes a ser santos, nascem da contemplação das coisas de Deus feita por um Bispo "não complicado". As palavras brotam livres e fáceis, fazendo da vida do padre uma "bem-aventurança", alegria de viver por Deus e para Deus.

E Dom Vicente Zico, Lazarista de boa cepa, fiel a São Vicente de Paulo, oferece aos padres de hoje propostas desafiadoras, a fim de que o fulcro da caridade integre plenamente sua vida e seu ministério.

Aqui estão meditações profundas, propostas em linguagem simples e ao mesmo tempo densas em seus conteúdos.

A Arquidiocese de Belém e nosso Centro de Cultura e Formação Cristã se alegram em apresentar aos sacerdotes, religiosos e religiosas, membros de Comunidades Novas e a todos os fiéis o presente que brota do coração jovial de Dom Vicente. Tenho a certeza de que muitas pessoas ficarão mais perto de Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conduzidas por suas mãos de Pastor solícito e zeloso pela causa do Evangelho.

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém


PEDIDOS DESTA OBRA
Centro de Cultura e Formação Cristã - CCFC da Arquidiocese de Belém
Br 316 km 6 s/n - CEP: 67033-971 - Caixa Postal n 28 - Ananindeua - Pa
Fone: (91) 4009-1550 e-mail: ccfc@ccfc.com.br site: www.ccfc.com.br

MISSA DIRETO DA ÁFRICA.


Missa direto da África


Sagração do bispo auxiliar poderá ser transmitida pela TV Nazaré


Os paraenses poderão acompanhar ao vivo a celebração de sagração episcopal do novo Bispo Auxiliar de Belém, padre Teodoro Mendes Tavares (foto), que será realizada no dia 8 de maio, em Cabo Verde, África, através da TV Nazaré. O acordo de concessão do sinal com a TV local que será a responsável pela cobertura está sendo feito pela comissão organizadora da ordenação, para viabilizar a transmissão.

Em mensagem ao Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, padre Teodoro acredita em um resultado positivo. “Estamos esperançosos, até porque já o fizeram antes”. Ainda na mensagem, padre Teodoro envia saudações a toda Arquidiocese. E deseja uma santa Semana Santa e abençoada Páscoa ao povo, ao clero e a Dom Alberto e a Dom Vicente Zico, Arcebispo Emérito.


Em Belém, os preparativos para a chegada do novo bispo auxiliar continuam. Na casa episcopal, seu quarto e enxoval já estão sendo preparados. A comitiva que acompanhará de perto a celebração de ordenação de padre Teodoro em Cabo Verde é formada por 18 pessoas, entre sacerdotes e leigos que viajarão com Dom Alberto e Dom Vicente. “Será uma grande alegria receber todos vocês. Fico feliz com o número significativo dos presbíteros que estarão presentes. Apesar de algumas limitações, teremos muito gosto em vos acolher e hospedar-vos, fraternalmente, como manda a caridade cristã. Desde já, sejam todos bem-vindos a Cabo Verde!”, afirmou padre Teodoro.

Ainda na mensagem, o futuro bispo auxiliar agradeceu o carinho e acolhida de Dom Alberto. “Vejo que é elevada vossa estima por mim e grande o desejo em acolher bem. Naturalmente que agradeço-lhes, muito D. Alberto, e vou vos recomendando ao Senhor por todos vocês, aos pés de N. Sra. de Fátima. Ter-vos-ei presente nas minhas orações ao Senhor. Um grande abraço ao senhor e a D. Vicente, com toda a amizade”.

Fonte: Fundação Nazaré

Mil anglicanos se tornam católicos.


SEMANA SANTA NA INGLATERRA: MIL ANGLICANOS SE TORNAM CATÓLICOS






Londres, 26 abr (RV) - Durante a Semana Santa quase mil anglicanos se tornaram católicos e agora fazem parte do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham, na Inglaterra. Esse ordinariato segue as normas estabelecidas pela Constituição Apostólica "Anglicanorum Coetibus" para os fiéis anglicanos que desejam entrar em comunhão com Igreja Católica.

A cifra foi publicada no site do ordinariato (www.ordinariate.org.uk) junto com fotografias e confirma o número publicado no início da Quaresma pelo departamento de imprensa da Igreja Católica na Inglaterra e Gales, que fala de cerca de novecentos anglicanos que começaram o período de preparação para entrar na Igreja Católica.

Vários grupos foram acolhidos nas igrejas e nas catedrais de todo o país durante a Semana Santa e puderam participar das celebrações pascais católicas.

No dia de Pentecostes os pastores anglicanos que pediram para entrar em comunhão com a Igreja Católica serão ordenados sacerdotes católicos. (MJ)

João Paulo II, exemplo de salvação.


PARA BENTO XVI, JOÃO PAULO II É EXEMPLO DE SALVAÇÃO

CIDADE DO VATICANO, 21 ABR (ANSA) - O papa Bento XVI afirmou hoje que seu antecessor, João Paulo II, é um exemplo de salvação para todos os cristãos e foi uma "grande testemunha de Deus e de Jesus Cristo".

"Quando no próximo primeiro de maio for beatificado o papa João Paulo II, pensaremos nele cheios de gratidão, [ele] que [foi] uma grande testemunha de Deus e de Jesus Cristo em nosso tempo, como homem preenchido pelo Espírito Santo", declarou o Pontífice na homilia da missa de crisma celebrada na Basílica de São Pedro, junto ao cardeal vicário Agostino Vallini, e ao clero de Roma.

O Santo Padre afirmou que, "apesar de toda a vergonha pelos nossos erros, não devemos, porém, esquecer que ainda hoje existem exemplos luminosos de fé" e que, em sua visão, "mediante sua fé e seu amor, dão esperança ao mundo".

A dez dias da cerimônia de beatificação de Karol Wojtyla, o líder máximo da Igreja Católica pediu que os fieis recordassem "o grande número daqueles que ele beatificou e canonizou" e que fornecem aos fieis "a certeza de que a promessa de Deus e sua obrigação ainda hoje não caíram no vazio".

Durante a missa, Joseph Ratzinger também versou sobre a religiosidade nos tempos atuais, e criticou o Ocidente por se distanciar da fé, assim como de sua história e cultura.

"Talvez não seja verdade que o Ocidente, os países centrais do cristianismo, estejam cansados de sua fé e, entediados por sua própria história e cultura, não querem mais conhecer a fé de Jesus Cristo?", questionou.

João Paulo II será beatificado em 1 de maio, no Vaticano, em uma cerimônia presidida por Bento XVI. A titulação ocorre seis anos após sua morte, em 2 de abril de 2005. Para se tornar beato, foi preciso que o ex-Pontífice tivesse um milagre reconhecido. Trata-se do caso da freira francesa Marie Simon-Pierre, que foi curada "inexplicavelmente" do mal de Parkinson, após orar pedindo por sua intercessão.

Após a beatificação, setores do Vaticano já assinalaram que pretendem abrir um processo para canonizá-lo -- ou seja, torná-lo santo. Para isso, é preciso que mais um milagre dele seja reconhecido. (ANSA)

Reevangelização de afastados é ...


Reevangelização de afastados é centro do Pontificado de Bento XVI
Nicole Melhado
Da Redação, com Rádio Vaticano (Tradução equipe CN Notícias)

Arquivo
A nova evangelização para o acolhimento de fiéis afastados e a liberdade religiosa estão entre as principais preocupações do Pontificado de Bento XVI

Neste domingo de Páscoa, 24, a Igreja Católica recordou também os seis anos da posse do Papa Bento XVI como o 264º Papa da história. A preocupação com uma evangelização renovada buscando resgatar os fiéis afastados, mostrando ao mundo contemporâneo que a fé e a razão se complementam foi a principal característica de seu pontificado.

“Desde quando era cardeal, Bento XVI mais de uma vez ressaltou como na Europa e no Ocidente, em geral, se joga uma partida crucial para o Evangelho, em todo o mundo. Em vista que se o Evangelho não consegue penetrar na cultura moderna ocidental, dificilmente poderia depois penetrar nas outras culturas distintas sempre mais fechadas em si e na manutenção das próprias diferenças”, conta o vigário do Papa na Diocese de Roma, Cardeal Camillo Ruini.

Este quadro, segundo Dom Ruini, foi a razão fundamental pela qual o Santo Padre desejou um novo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, especialmente nos países de antiga tradição cristã que agora correm o risco de perder sua identidade de fé e de cultura.


Razão e fé

Para o vaticanista Sandro Magistero, a Encíclica Caritas in Veritate é a chave para entender o magistério ratzingeriano, sendo este um magistério que não se limita a repetir e reafirmar os fundamentos da Doutrina, mas em tudo explica a razão.

“É um Papa que argumenta aquilo que diz, é um Papa que anuncia e o anúncio é realmente prioridade neste pontificado, mas é um anúncio sempre argumentado. É um Papa que explica as razões do anúncio", elucida o vaticanista.

Eventos como o "Átrio dos Gentios", que buscou alcançar aqueles que não professam uma religião, mostram a preocupação e o empenho de Bento XVI para acolher esse fiéis do mundo contemporâneo.

“Paradoxalmente, temos um Papa que num período no qual o pensamento difundido mundialmente é pobre de razão, e ele é um grande apologista da força da razão. Ou seja, sua abertura, sua capacidade ilimitada para chegar até onde ele não é capaz de ser compreendido realmente, justamente mostrando que a fé e a razão se complementam, em vez se confrontarem”, destaca o vaticanista.

A publicação do livro-entrevista de Peter Seewald, “Luz do Mundo”, teve grande repercussão e demonstrou também a capacidade de Bento XVI em comunicar de forma simples e direta conteúdos teológicos.

Dom Ruini recorda que já como cardeal, Joseph Ratzinger era visto como grande teólogo e também grande evangelizador, propondo uma visão da fé com uma linguagem muito clara e simples, jamais separada da realidade.

Para o vigário do Papa, a mensagem mais forte ressaltada por Bento XVI nesses seis anos é aquela de “colocar Deus no centro, colocar no centro aquele Deus que tantas correntes, tantas vertentes da cultura atual gostariam de deixar na marginalidade”.


Bento XVI e a mídia

“Humilde trabalhador da vinha do Senhor”: Foi assim que Bento XVI se descreveu ao assumir o pontificado, imagem esta que, segundo o vaticanista, foi possível ser comprovada pela opinião pública mundial.

Magistero salienta que antes da eleição, Joseph Ratzinger era visto como protetor dos dogmas, pois era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, por alguns até como um juiz perseguidor. Hoje os mitos foram dissolvidos, e no lugar se destacou a imagem do Papa que ama sua Igreja e a humanidade.


Liturgias pontifícias

O mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, monsenhor Guido Marini, destaca que as viagens e visitas apostólicas foram momentos de grande empenho de Bento XVI que trouxeram-lhe grande alegria espiritual.

Sobre o estilo celebrativo do Santo Padre, monsenhor Marini diz que este mirava sempre o “coração e a essência da liturgia, que é o mistério do Senhor celebrado, no qual todos são chamados a entrar e participar num clima de adoração e oração, e que também o momento de silêncio contribui para realizar e criar”.

“O Santo Padre é um mestre da liturgia. Ao mesmo tempo ele é um liturgista, porque nos ensina a arte da celebração”, define o mestre das celebrações litúrgicas pontifícias.


Liberdade religiosa

Uma outra forte característica do Pontificado de Bento XVI é afirmação da importância da liberdade religiosa, não só por sua relevância central, já que esta é “mãe das outras liberdades”, mas pela circunstâncias atuais que a colocam em risco.

“A liberdade religiosa corre hoje grande perigo em diversos países do mundo. O Papa não podia deixar de lançar sua voz com toda sua força e autoridade para reafirmar este ponto fundamental da convivência pacífica entre os homens e, naturalmente, para a difusão da fé cristã”, enfatiza Dom Camillo Ruini.

Construir a casa sobre a rocha.


Descobrir os caminhos para a maravilhosa aventura cristã no meio do mundo é contínua provocação positiva que desejamos acolher juntos. O cristianismo é e será sempre resposta às mais profundas inquietações do coração humano, a ser oferecida a todas as gerações através da palavra e do testemunho dos cristãos.

Numa quadra da vida do mundo marcada por tantas mudanças, vale a pena ir ao encontro das perguntas feitas pelas gerações atuais, especialmente dos jovens, cujas atitudes e comportamento nos deixam desconcertados.

Há no ar um desejo de respostas objetivas às interrogações das pessoas. Com gente altamente questionadora, os raciocínios detalhados e detalhistas não conseguem ir ao cerne das questões e ao coração. Ao lado e dentro da necessária objetividade, a verdade, especialmente quando incomoda, corresponde ao desejo mais profundo do coração humano. Nas lides pastorais, ouvi recentemente um jovem reagindo à exposição dos ensinamentos da Igreja a respeito da castidade: "ainda que nem sempre consigamos praticar o que ouvimos, dentro de nós sabemos ser este o caminho da felicidade". Mais cedo ou mais tarde, ressoa clara a voz da consciência, grito do Espírito dentro de cada ser humano.

Em tempo de Carnaval, vale notar que a festa em si poderia ser vivida como grande ocasião de confraternização. Entretanto, o que se assiste por aí tem quase nada de cultura, zero de qualidade musical e muito de iniciação irresponsável dos adolescentes na vida sexual, aos quais os preservativos distribuídos a rodo dizem apenas que, desde que não peguem doenças ou gerem filhos, todo o resto é lícito! Muitos preferem ficar em casa, ou tantos vão para sítios e chácaras, em encontros de família. E não é raro encontrar também nas famílias o excesso de bebidas e outras drogas. A vida é entendida como uma esponja destinada a absorver todas as satisfações possíveis! O resultado é um terrível vazio, reduzindo a quarta-feira de Cinzas, que olha para a Páscoa e não para o Carnaval, a um desagradável fenômeno chamado "ressaca".

Muitas pessoas estão em busca de alternativas mais sadias, como quem decide participar de retiros ou encontros de formação durante o Carnaval, sábia decisão que rompe a cadeia do ócio e do vício. Mas o mais importante é a sadia inquietação que o próprio Espírito Santo planta no interior do coração humano, suscitando a busca de algo mais consistente. Construir o edifício da vida sobre a base de tanta superficialidade resulta em tristeza e falta de rumo.

Então, o que fazer? Desfraldar a bandeira e começar uma guerra contra festas e vícios, considerando-nos bastiões de resistência num mundo hostil, condenando os que se divertem pelos pares da vida, fechando-nos em atitudes anacrônicas? Constato que tais atitudes não constroem a nova casa para os seres humanos que Deus criou com tanto amor. Há outra estrada, proposta aos cristãos e por eles a tantas pessoas de boa vontade, feita de fidelidade cotidiana à palavra do Evangelho. Com ele, aprenderemos a escutar as razões mais profundas e acolher as inquietações dos outros. Estes encontrarão em nós uma reserva de humanidade que jorra como fonte de água viva. Brotará um inquebrantável compromisso com a verdade e a retidão, no qual o primeiro passo será sempre de quem descobriu a pérola do Reino de Deus. Vendo pessoas que amam a vida e dela desfrutam sem destrui-la, esta mesma vida suscitará perguntas mais profundas e provocará uma mudança. Como fez com seus primeiros discípulos, o Senhor Jesus não pedirá ao Pai que sejam tirados do mundo, mas preservados do mal.

Quando muda a alma, as pessoas buscarão uma vida mais saudável, pois por fora e com imposições, não se transformam os corações. Muitas vezes, escorregando pela ribanceira abaixo, olha-se para o alto, onde uma nova cidade, chamada Jerusalém celeste, já antecipa seus sinais e suas estruturas. Maior do que o peso da árdua subida será a alegria do Céu que desce à terra todas as vezes em que o Evangelho é vivido. O desafio entregue à nossa geração é viver de tal modo que a vida cristã atraia mais do que todas as propagandas do mundo inteiro!


Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Fonte: www.portalum.com.br

SANTIFICAR O DIA DO SENHOR SEM A CELEBRAÇÃO DA MISSA.


Santificar o Dia do Senhor sem a celebração da Missa

A celebração da Eucaristia é o centro de toda a vida cristã. Na verdade, “os demais Sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à Sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa” (Presbyterorum Ordinis 5; Catechismus Catholicae Ecclesiae 1324). Disto se segue que a celebração do Sacrifício do altar, como obra de Cristo sacerdote, e de seu Corpo que é a Igreja, é uma ação sagrada cuja eficácia não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja.

Por sua vez, a Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em seu documento “Celebrações dominicais na ausência do Presbítero” afirma que “entre as formas celebrativas que se encontram na tradição litúrgica, é muito recomendada a celebração da Palavra de Deus”, para o alimento de fé, da comunhão e do compromisso do povo de Deus. Ela é ação litúrgica reconhecida e incentivada pelo Concílio Vaticano II: “Incentive-se a celebração sagrada da Palavra de Deus, nas vigílias das festas mais solenes, em algumas férias do Advento e da Quaresma, como também nos domingos e dias santos, sobretudo naqueles lugares onde falta o padre. Neste caso seja o diácono ou algum outro delegado pelo Bispo quem dirija a celebração” (Sacrosanctum Concilium 35,4). A propósito dessa última questão, diz-nos a Instrução Inestimabile Donum que “para dirigir as mencionadas celebrações, o fiel não-ordenado deverá ter um mandato especial do Bispo [...]” (artigo 7, §1).

Bento XVI na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis, sobre a Eucaristia, fonte e ápice da Vida e da Missão da Igreja, falando sobre as Assembléias dominicais na ausência de sacerdote, assim se pronuncia: “Uma vez descoberto o significado da celebração dominical para a vida do cristão, coloca-se espontaneamente o problema das comunidades cristãs onde falta o sacerdote e, conseqüentemente, não é possível celebrar a Santa Missa no Dia do Senhor. A tal respeito, convém reconhecer que nos encontramos perante situações muito diversificadas entre si. Antes de mais nada, o Sínodo recomendou aos fiéis que fossem a uma das Igrejas da Diocese onde está garantida a presença do sacerdote, mesmo que isso lhes exija um pouco de sacrifício. Entretanto, nos casos em que se torne praticamente impossível, devido à grande distância, a participação na Eucaristia dominical, é importante que as comunidades cristãs se reúnam igualmente para louvar o Senhor e fazer memória do dia a ele dedicado. Mas isso deverá verificar-se a partir de uma conveniente instrução sobre a diferença entre a Santa Missa e as assembléias dominicais à espera de sacerdote2. A solicitude pastoral da Igreja há de exprimir-se, neste caso, vigiando que a liturgia da palavra - organizada sob a guia de um diácono ou de um responsável da comunidade a quem foi regularmente confiado esse ministério pela autoridade competente - se realize segundo um ritual específico elaborado pelas Conferências Episcopais e para tal fim aprovado por elas. Lembro que compete aos Ordinários conceder a faculdade de distribuir a comunhão nessas liturgias, ponderando atentamente a conveniência da escolha a fazer. Além disso, tudo deve ser feito de forma que tais assembléias não criem confusão quanto ao papel central do sacerdote e à dimensão sacramental na vida da Igreja. A importância da função dos leigos, a quem justamente há que agradecer a generosidade ao serviço das comunidades cristãs, jamais deve ofuscar o ministério insubstituível dos sacerdotes na vida da Igreja. Por isso, vigie-se atentamente sobre as assembléias à espera de sacerdote para que não dêem lugar a visões eclesiológicas incompatíveis com a verdade do Evangelho e a tradição da Igreja; devem antes tornar-se ocasiões privilegiadas de oração a Deus para que mande sacerdotes santos segundo o seu coração. A propósito, vale a pena recordar aquilo que escreveu o Papa João Paulo II na Carta aos Sacerdotes por ocasião da Quinta-feira Santa de 1979, recordando o caso comovente que se verificava em certos lugares onde as pessoas, privadas de sacerdote pelo regime ditatorial, se reuniam numa igreja ou num oratório, colocavam sobre o altar a estola que ainda conservavam e recitavam as orações da liturgia eucarística até o 'momento que corresponderia à transubstanciação', e aí se detinham em silêncio, dando testemunho de quão 'ardentemente desejavam ouvir aquelas palavras que só os lábios de um sacerdote podiam eficazmente pronunciar'. Precisamente nessa perspectiva, considerando o bem incomparável que deriva do sacrifício eucarístico, peço a todos os sacerdotes uma efetiva e concreta disponibilidade para visitarem, com a maior assiduidade possível, as comunidades que estão confiadas ao seu cuidado pastoral, a fim de não ficarem demasiado tempo sem o sacramento da caridade” (75).

Aproveitando o tema e visando ainda esclarecer com uma terminologia apropriada, devemos também falar sobre o ministro extraordinário da Sagrada Comunhão, como prescreve a Instrução Inestimabile Donum. O artigo 8 da referida Instrução assim se pronuncia: “Os fiéis não-ordenados, já há tempos, vêm colaborando com os ministros sagrados, em diversos âmbitos da pastoral, para que 'o dom inefável da Eucaristia seja mais profundamente conhecido e para que se participe da sua eficácia salvífica com uma intensidade cada vez maior' (Instrução Immensae Caritatis, de 29 de janeiro de 1973). Trata-se de um serviço litúrgico que responde a necessidades objetivas dos fiéis, destinado sobretudo aos enfermos e às assembléias litúrgicas nas quais são particularmente numerosos os fiéis que desejam receber a sagrada comunhão. A disciplina canônica sobre o ministro extraordinário da sagrada comunhão deve, porém, ser corretamente aplicada para não gerar confusão. Ela estabelece que ministros ordinários da sagrada comunhão são o Bispo, o presbítero e o diácono (cf. CIC, cân. 910), enquanto é ministro extraordinário o acólito instituído ou o fiel para tanto designado conforme a norma do cân. 230, § 3. Um fiel não-ordenado, se o sugerirem motivos de real necessidade, pode ser designado pelo Bispo diocesano, com o apropriado rito litúrgico de bênção, na qualidade de ministro extraordinário, para distribuir a Sagrada Comunhão também fora de celebração eucarística, ad actum vel ad tempus, ou de maneira estável. Em casos excepcionais e imprevistos, a autorização pode ser concedida ad actum pelo sacerdote que preside a celebração eucarística. Para que o ministro extraordinário, durante a celebração eucarística, possa distribuir a sagrada comunhão, é necessário ou que não estejam presentes ministros ordinários ou que estes, embora presentes, estejam realmente impedidos. Pode igualmente desempenhar o mesmo encargo quando, por causa da participação particularmente numerosa dos fiéis que desejam receber a Santa Comunhão, a celebração eucarística prolongar-se-ia excessivamente por causa da insuficiência de ministros ordinários. Este encargo é supletivo e extraordinário e deve ser exercido segundo a norma do direito. Para este fim é oportuno que o Bispo diocesano emane normas particulares que, em íntima harmonia com a legislação universal da Igreja, regulamentem o exercício de tal encargo. Deve-se prover, entre outras coisas, que o fiel designado para esse encargo seja devidamente instruído sobre a doutrina eucarística, sobre a índole do seu serviço, sobre as rubricas que deve observar para a devida reverência a tão augusto Sacramento e sobre a disciplina que regulamenta a admissão à comunhão. Para não gerar confusão, deve-se evitar e remover algumas práticas que há algum tempo foram introduzidas em algumas Igrejas particulares, como por exemplo: a) comungar pelas próprias mãos, como se fossem concelebrantes; b) associar à renovação das promessas sacerdotais, na Santa Missa Crismal da Quinta-feira Santa, também outras categorias de fiéis que renovam os votos religiosos ou recebem o mandato de ministros extraordinários da comunhão eucarística; c) o uso habitual de ministros extraordinários nas Santas Missas, estendendo arbitrariamente o conceito de 'numerosa participação'”.

Por fim, “é preciso fazer compreender que estes esclarecimentos e distinções não nascem da preocupação de defender privilégios clericais, mas da necessidade de ser obedientes à vontade de Cristo, respeitando a forma constitutiva que ele imprimiu de maneira indelével na sua Igreja”, são as palavras do servo de Deus João Paulo II.

A Igreja age e sempre agiu assim porque o seu Senhor “é sempre o mesmo ontem, hoje e pelos séculos” (Hb 13,8). Daí o adágio antigo: “lex orandi, lex credendi” (cf. CCE 1123-1124).

Diácono Everaldo Ribeiro Franco
Cerimoniário Diocesano - Uberlândia (MG).

Fonte: C.N.D. - Comissão Nacional dos Diáconos.

Dois anos de Dom Orani pastoreando o Rio de Janeiro


Nesta terça-feira, 19 de abril, a Arquidiocese do Rio de Janeiro está em festa.

O coração de cada católico eleva a Deus a sua prece de agradecimento por, há dois anos, ter recebido Dom Orani João Tempesta — pastor zeloso, voltado para a solidariedade, a exemplo de Jesus Cristo.

Zeloso pastor, à frente do governo arquidiocesano, Dom Orani tem mostrado neste tempo o lado solidário e fraterno da Igreja Católica. Homem de expressão, sabe que sua missão é anunciar a Boa Nova a todos que dele se aproximam. Com a sua sensibilidade, não teme tornar o conhecimento das múltiplas realidades do Estado em ocasiões para a conscientização e o testemunho de vida cristã, mesmo em meio a situações trágicas. Dom Orani é um pastor que tem, mais do que com palavras, demonstrado seu carinho e preocupação por aqueles que sofrem.

O coração solidário do pastor desta Igreja do Rio de Janeiro é percebido e estimula à evangelização.

— A aproximação do povo com o seu pastor, Dom Orani, é algo marcante. Ganhou destaque, para mim, a importância de levar Cristo às pessoas, para amenizar seus sofrimentos e dar uma vida melhor e mais digna a cada um. Isso aumentou o meu desejo de lutar e trabalhar pela evangelização, contou Wallace Neto, 30 anos.

— Dom Orani é uma pessoa dinâmica, à frente do seu tempo, que conduz de uma forma orientadora a Arquidiocese. Ele é uma pessoa simples, que valoriza os humildes e que vai mesmo ao encontro dos pobres, especialmente nas ocasiões em que eles enfrentam dificuldades. Ele é um testemunho de presença cristã para todos nós, partilhou Paulo Lima, 35 anos.


Realengo

Exemplo mais recente de preocupação com o rebanho pôde ser notado quando o arcebispo metropolitano visitou a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, onde um jovem assassinou 12 adolescentes e deixou mais 11 feridos, em abril. Além de prestar sua solidariedade às vítimas de toda aquela dor, como homem do Evangelho, Dom Orani foi enfático ao afirmar que o acontecimento também era uma oportunidade para a reflexão sobre os valores da vida e sobre a responsabilidade que temos uns para com os outros.

- O que vimos, ouvimos e presenciamos deve nos levar a refletir sobre os valores que aprendemos e trazemos no coração, e é também um desafio para trabalhar mais e melhor pelo bem, pela fraternidade e pela paz, afirmou, na ocasião.

Ao tomar conhecimento do drama, Dom Orani fez questão de ir ao Hospital Albert Schweitzer visitar os adolescentes feridos e seus familiares. Também pediu que os seminaristas doassem sangue, como um gesto concreto de solidariedade. Assinalou ainda o seu repúdio, em nota oficial, oferecendo orações e colocando-se próximo à dor de todos os que foram vitimados — pais, familiares, professores e amigos.

Como a Mãe Igreja, que sofre com os que sofrem, o arcebispo fez questão de presidir a missa de sétimo dia em intenção dos 12 falecidos no triste episódio. E como profeta da paz, desejou que a manifestação religiosa que ali acontecia fosse a que marcasse a postura da escola dali pra frente: visão de confiança e de esperança. Com ênfase à beleza e à solidariedade do povo carioca, aquela celebração eucarística foi um marco para destacar os traços de fé que fazem parte dos moradores do Rio de Janeiro, que acreditam e lutam pela paz.

Sem negar a existência real da dor causada pelas circunstâncias, que feriu toda a sociedade, Dom Orani, durante a missa, lembrou a dimensão da fé, que capacita para a abertura de novos horizontes, mesmo em meio ao sofrimento, quando se busca viver como Filho de Deus.

— Sabemos que a morte não é o fim, mas a passagem para a vida eterna. Se somos filhos de Deus, devemos colocar em prática o que Deus nos ensina, vivendo como irmãos, ajudando-nos mutuamente, afirmou.

Chuvas no Estado

Outro exemplo marcante de solidariedade aconteceu durante a festa do padroeiro da cidade, São Sebastião, em janeiro de 2011. Após saber das enchentes que atingiram as dioceses de Nova Friburgo e Petrópolis, deixando milhares de desabrigados, a festa de São Sebastião, que já estava programada, passou a ter mais um objetivo: recolher donativos para os necessitados.

Durante a oração dedicada ao padroeiro, por 13 dias, a intenção das celebrações foi voltada para as vítimas das chuvas na Região Serrana do Estado. Um caminhão acompanhou a imagem do Santo pelas ruas e recolheu mais de 204 toneladas de donativos. Já em dinheiro, depositado na conta da Cáritas Arquidiocesana, somou-se mais de 174 mil reais.

O posicionamento assumido pelo arcebispo não foi diferente do de 2010, quando as chuvas, no início do ano, atingiram o Rio de Janeiro, deixando milhares de desabrigados. Na ocasião, um dos lugares mais atingidos foi o Morro dos Prazeres, em Santa Teresa. Dom Orani fez questão de ir até o local para ver, pessoalmente, os estragos causados pela chuva. Para ele, estar presente significou aproximar a Igreja daqueles que sofrem, oferecendo suporte espiritual e material, e também ocasião para anúncio de esperança.

Diante do que presenciou, sua postura solidária, mais uma vez, foi motivacional: convocou todos os fiéis, assim como os sacerdotes da Arquidiocese, para prestarem auxílio, estando atentos às necessidades locais. Na ocasião, muitas paróquias abriram as suas portas para acolherem os necessitados. As realidades das famílias, que precisam viver com segurança e dignidade, ganhou destaque e especial atenção por parte da Igreja no Rio.

Bispo voltado para a construção de um mundo novo, feito pelas atitudes e testemunhos de pessoas renovadas pela graça de Deus, Dom Orani tem buscado ser exemplo, sendo incansável no anúncio do Evangelho e no incentivo à prática da caridade. Um verdadeiro pastor para o povo carioca.
Fonte: http://www.portalum.com.br/

Dom Orani João celebra missa de páscoa e almoça com população de rua.


Na manhã deste Domingo de Páscoa, 24 de abril, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, presidiu a Santa Missa na Catedral.

A celebração, que recorda a Ressurreição de Cristo como renascimento dos cristãos, teve a presença da população de rua do Rio de Janeiro e de membros da Comunidade Shalom, que encerrava o Retiro da Semana Santa.

Junto com o arcebispo, concelebraram o cura da Catedral, monsenhor Aroldo Ribeiro e o padre Aristóteles Alencar, consagrado da Comunidade Shalom, que veio de Fortaleza pregar no retiro.

No início da missa, Dom Orani realizou a aspersão da água benta, recordando o Batismo de todos os presentes. Ele disse que se a Quaresma colocou os cristãos em conversão, o tempo da Páscoa os chama para uma vida renovada.

Durante a homilia, o arcebispo destacou que este é o momento em que a Igreja renasce. E que, a cada Páscoa é um passo a mais até a Páscoa definitiva. Dom Orani disse ainda que, além do testemunho apostólico, os cristãos são chamados a ter Jesus presente em suas vidas.

- Também nós fomos escolhidos, assim como os apóstolos, para sermos testemunhas de Jesus no mundo. Devemos dar o testemunho com a vida e anunciar com a Palavra a Salvação, enfatizou.

Antes de terminar a celebração eucarística, monsenhor Aroldo Ribeiro pediu palmas e orações para Dom Orani, já que na segunda-feira, 25 de abril, ele completa 14 anos de ministério episcopal.

Almoço de Páscoa com a população de rua

Após a missa, homens, mulheres e crianças foram ao subsolo da Catedral para um almoço abençoado. Além de receber a benção do arcebispo, estavam todos entusiasmados com a oportunidade de confraternização.

- Espero todos os anos por esse momento, é quando consigo comer com minha família reunida e sem ter que dividir um prato só, disse Francisco Silva, 38 anos, desempregado.

Foi para todos um momento de muita alegria. Além da música tocada por homens assistidos da Comunidade Betânia, o cardápio estava caprichado: feijoada completa, suco, fruta e bombom para todos.

Dom Orani destacou para a população de rua a importância da Páscoa para os cristãos e disse que, essa data é o que estimula a todos a viverem a fraternidade e a solidariedade. Ele lembrou também que os moradores de rua são apenas uma das realidades da cidade.

- Nesta confraternização com a população de rua, queremos mostrar que mesmo diante das dificuldades é possível renascer para uma nova vida em Cristo Jesus. Hoje temos um grupo de pessoas que nos recordam que temos realmente muito a fazer enquanto cristãos. Essa cidade ficará ainda mais bonita quando todas as pessoas viverem com dignidade, disse Dom Orani.
Fonte:http://www.portalum.com.br/

segunda-feira, 25 de abril de 2011

"Feminilidade..."


“FEMINILIDADE – A NATUREZA DA MULHER”

A feminilidade é uma realidade projetada e criada por Deus – seu dom precioso a toda mulher – e, sob um aspecto diferente, um presente grandioso também para os homens. A diferença entre homem e mulher não é apenas uma questão biológica. Em todos os períodos da história da humanidade e até décadas recentes, o conceito geral era o de que as diferenças eram tão óbvias que não havia necessidade de comentá-las. Contudo, nunca tanto quanto hoje se faz mais relevante o lembrete de Paulo aos cristãos de Roma para que os padrões do mundo não venham a nos moldar, mas, sim, que deixemos Deus renovar nosso interior, nossa mente (Rom. 12,2).
Nem o homem nem a mulher são suficientes para abrigar, sozinhos, a imagem divina (Gn.1,27). Os dois juntos, no entanto, representam a imagem de Deus – um deles, de uma forma especial, o iniciador; o outro, correspondente. Deus fez Eva a partir do homem e a trouxe para o homem (Gn.2,21-22). Quando Adão deu nome a Eva, aceitou a responsabilidade de “desposá-la” – de ser seu provedor, protetor e líder (Gn. 2,15-17,23;3,20).
A submissão é o ingrediente básico da feminilidade. Como noiva, a mulher no casamento abre mão de sua independência, de seu nome, de seu destino, de sua vontade e, por último, no quarto nupcial, de seu corpo para seu noivo.
Como mãe, ela abre mão, no real sentido, da própria vida em benefício da vida do filho. Como solteira, ela se rende de forma ímpar para servir ao Senhor, à família e à comunidade.
A feminilidade é recíproca. Ela aceita o que Deus dá. Em outras palavras, as mulheres devem receber o que lhes é dado, seguindo o exemplo de Maria (Lc.1,38), e não insistir no que não lhes é dado, repetindo o engano de Eva (Gn.3,1-6). Isso não implica que a mulher deva submeter-se a perversidades, como coerções ou conquistas violentas.
O espírito manso e tranqüilo do qual Pedro fala é o ornamento da feminilidade (1 Pedro 3,4), que encontrou o exemplo ideal em Maria, mãe de Jesus. Ela estava disposta a ser um vaso escondido, desconhecido, exceto no que se referia a ser mãe de alguém importante. Esse tipo de maternidade está à disposição de toda mulher que se humilha diante do Senhor, não para que desempenhe simplesmente um papel biológico, mas, para que exerça uma atitude de abnegação e de submissão ao Senhor.
O desafio da feminilidade bíblica é que você seja uma mulher realmente santa, que nada pede a não ser o que Deus deseja lhe dar, recebendo com ambas as mãos, e de todo o coração, seja o que for. A feminilidade é um tesouro precioso para ser guardado e acalentado a cada dia.

Deus nosso Pai, continue guardando e abençoando cada mulher, cada esposa, cada mãe, cada filha tua para que, em ti encontre sempre um verdadeiro aconchego. Amém!

Diácono Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém – Pará.

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"Casamento - resolvendo problemas".


“CASAMENTO – RESOLVENDO PROBLEMAS”

Um dos fatos mais angustiantes da vida é que todo casamento passa por problemas. Eles não podem ser contornados, mas devem ser encarados e resolvidos.
Filhos pode ser uma grande fonte de alegria, mas também, acrescentam tensão ao casamento. O instinto materno em algumas mulheres é tão forte, que elas tendem a deixar o marido de lado quando estão cuidando dos filhos – veja 1 Samuel 1,8 - Por vezes, a esposa pode até enganar o marido em favor do filho (Gn.27.1-29). A esposa deve lembrar que apenas seu relacionamento com Deus está acima de sua união com o marido.
Problemas financeiros também podem causar pressões indevidas sobre um relacionamento, especialmente se o casal discute sobre quem fará quais sacrifícios. Se um casal buscar a orientação de Deus para as questões financeiras, ele será fiel em suprir suas necessidades (Mateus 6,33; Fp.4,19).
A raiva não-resolvida pode acumular-se e transformar-se em ressentimento e em amargura, de modo que a comunicação significativa deixar de existir (Hb.12,15; Ef.4,26).
A tentação e as oportunidades de ser infiel estão sempre presentes (Prov.7,6-23). Uma comunhão íntima e vibrante com Deus sustentará o relacionamento entre marido e mulher e dará força e vitalidade ao casamento.
O isolamento, um estado em que se é excluído, é um dos males mais sutis do casamento. O casamento pode facilmente deixar de ser uma prioridade. As pessoas não valorizam devidamente seus cônjuges, concentram sua atenção em outras questões “urgentes”, e logo o calor e a comunicação se vai. O remédio para o isolamento é guardar o relacionamento conjugal com carinho e dar prioridade ao cônjuge, sendo aberto e honesto e não tendo segredos um para com o outro.
Os problemas podem ser uma arma negativa num casamento, dividindo corações e destruindo a unidade, ou podem ser um catalisador poderoso para uma renovação do compromisso.
Que sempre estejamos debaixo da proteção do Espírito Santo e que nossas famílias estejam guardadas pelo manto sagrado da Virgem Maria.
Diácono Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém – Pará – Brasil

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terça-feira, 5 de abril de 2011

CASAIS DE SEGUNDA UNIÃO


Diácono Luiz Gonzaga
(Arquidiocese de Belém – Pará – Amazônia – Brasil)

Estive recentemente participando de um encontro com casais de segunda união, pude observar nas conversas que tive com alguns casais no final do mesmo, a preocupação deles com o que as pessoas pensam e falam deles.
Serão ou não aceitos, serão ou não acolhidos pelo pároco, vigário ou por todos da comunidade. Alguns chegaram a relatar que, é como se eles possuíssem uma doença contagiosa, uma espécie de câncer, onde as outras pessoas têm medo de se aproximarem para não serem contagiados, achando que se tocarem ou falarem com eles dentro da Igreja, estarão impuros pelo fato de serem casais de segunda união.

Exageros a parte, é muito bom e salutar ver a iniciativa da Igreja Católica em se preocupar com esses irmãos de segunda união, em levar aos mesmos, esclarecimentos espirituais e religiosos, em buscá-los para reuni-los nos redil do Senhor. Fazer com que possam sentir-se acolhidos e amados por Deus a cada encontro que se realiza.

Agora, será que estamos de uma forma verdadeira, concreta, acolhendo, abrindo o nosso coração a esses irmãos? Estamos tendo misericórdia para com eles? Estamos amando-os, respeitando-os na condição em que estão vivendo? Ou será que o preconceito tem sido maior diante daqueles que são “casais de segunda união”? Será que estamos observando mais os papeis do que as pessoas, seus corações?

Ouvi o relato de um casal que estava sendo discriminado dentro da paróquia em que vive por estarem à frente de um grupo e por coordenarem uma pequena comunidade de periferia. Sabemos muito bem que isso é muito comum, principalmente aqui em terras amazônicas, marajoaras.
Agora, se um casal de segunda união pode ou não estar à frente de um grupo, pastoral ou movimento dentro da Igreja, se pode ou não coordenar uma comunidade, não cabe a eu responder.
Esta pergunta deveria ser feita aos casais que estão de forma “regular” dentro da igreja, ou seja, são casados, receberam o sacramento do matrimônio, mas, não vivem praticam, exercitam o mandamento do Cristo do “Ide e anunciai” (Mt.28,19), a estes casais “regulares” dentro da Igreja é que deveria ser feita tal pergunta.

Apesar de o assunto “segunda união” não ser especificamente mencionado na bíblia, as escrituras apresentam algumas advertências que parecem relevantes.

1- Forme sua nova família em Cristo. Se já foram cometidos erros no passado, busquem o perdão de Deus e de outros envolvidos e abandone o que se passou, a fim de caminhar com alegria para futuras oportunidades.
2- Reconheça abertamente que cada membro da família tem um relacionamento distinto e insubstituível com Cristo e que juntos vocês são uma “miniversão” do Corpo de Cristo em ação.
3- Busquem entender e desenvolver os dons espirituais individuais em sua nova família. Orem juntos. Façam de Cristo o cerne da atenção e a maior autoridade em sua casa.
4- Determine claramente as linhas de autoridade e de responsabilidade. Quanto maior a responsabilidade dos pais sobre os filhos, maior a autoridade que ele ou ela devem exercer.
5- Dialogue aberta e francamente com seu cônjuge a necessidade de se definir com clareza as regras para os pais sobre cada filho da nova família em formação, a fim de manter a ordem no lar (1 Cor.14,40).
6- Que possa haver uma comunicação encorajada, harmonia cordial, paz e ordem requerem comunicação clara, direta e convincente. Possibilite conversas para esclarecer desavenças, compartilhar idéias e opiniões e tomar decisões familiares, mostrando apreciação pela contribuição de cada um (Ef.4.29-32).
7- É necessário reconhecer os valores e diferenças individuais – mesmo que seu alvo seja manter a união familiar. Permita que cada pessoa tenha liberdade de expressar sua própria personalidade, suas habilidades e suas capacidades dentro das regras familiares (Rom. 12.9-12).
8- Descobrir e realizar atividades que satisfaçam a todos (Am.3,3).

Penso que ao invés de criticarmos os nossos irmãos de segunda união que estão à frente de algum encargo dentro da Igreja, seria melhor acolhe-los e torná-los “ferramentas”, “braço forte” dentro da mesma para o engrandecimento do Reino de Deus entre nós.

Que Deus tenha compaixão de nossas almas e muita misericórdia de todos nós que, muitas vezes, queremos ser o próprio “Deus” quando partimos para o julgamento e condenação dos nossos irmãos.

diaconoluizgonzaga@gmail.com
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